Fevereiro Roxo: mês da consciência sobre Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

Lúpus, Fibromialgia e Mal de Alzheimer. Você pode achar que essas doenças não têm nada em comum, mas a verdade é que elas têm.

As três doenças não possuem cura e compartilham o mês de Fevereiro para conscientização de um diagnóstico precoce e de tratamentos para minimizar seus efeitos sobre quem as têm.

Essa mobilização serve para levar informação a respeito dessas doenças incuráveis, assim como sintomas e tratamentos.

Por isso, fizemos um post especial sobre a campanha do Fevereiro Roxo, para que ela serve, como surgiu e várias outras informações. Confira:

Como surgiu a campanha?

O Fevereiro Roxo teve início em 2014, na cidade de Uberlândia em Minas Gerais. Não há um calendário oficial, mas o trabalho é feito por ONGs e, na maioria das vezes, apoiado por prefeituras e governos estaduais.

Há promoções de palestras, ações para divulgar informações e mutirões para diagnóstico da doença.

Para que serve o Fevereiro Roxo?

O lema da campanha é “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”. Mesmo que reduzida, o fato de uma doença não ter cura não significa que o portador não possa ter qualidade de vida.

O que a campanha busca é justamente isso: dar mais visibilidade a essas pessoas, promover o bem-estar e manter uma rotina saudável do paciente, assim como incentivar o diagnóstico precoce.

Entendendo as doenças do Fevereiro Roxo

Lúpus

O “Lúpus Eritematoso Sistêmico” (LES) é uma doença inflamatória autoimune que pode afetar vários órgãos e tecidos do corpo, como pele, articulações, rins, coração, pulmões e cérebro.

Seus sintomas podem variar, mas incluem fadiga, dores nas articulações, manchas na pele e febre. Em casos mais graves, onde não é feito o tratamento, o Lúpus pode matar.

A medicina ainda não sabe ao certo qual a causa e o que faz com que torne a doença autoimune (quando o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do corpo).

Embora não haja cura, os tratamentos atuais buscam melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença por meio da modificação do estilo de vida. Isso inclui mudança nos hábitos alimentares, proteção contra o sol, bem como utilização de anti-inflamatórios e esteroides.

Fibromialgia

A Fibromialgia é mais comum do que imaginamos. Anualmente, atinge mais de 2 milhões de brasileiros. A doença pode atingir qualquer faixa etária, no entanto o grupo mais atingido é de mulheres com idade acima de 20 anos.

Costuma ser acompanhada por fadiga e alterações no sono, memória e humor. Os sintomas mais comuns são as dores musculares generalizadas e sensibilidade no corpo. Essas dores podem durar dias e até meses, fazendo assim parte do cotidiano de quem possui a doença.

Sem tratamento, a doença pode evoluir para a incapacidade física e limitação funcional. O tratamento envolve o uso de medicamentos e prática de terapias, como fisioterapia e acupuntura.

Mal de Alzheimer

Essa doença atinge principalmente idosos e é provocada pela perda da capacidade cognitiva, memória e demência. Isso acontece pelo acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro do portador.

O Alzheimer é facilmente confundido com as “doenças da idade”, mas é importante estar atento aos sintomas. Os mais comuns são a perda de memória e confusão mental, mas podem incluir:  

  • Na cognição: declínio mental, dificuldade em pensar e compreender, confusão durante a noite, confusão mental, delírio, desorientação, esquecimento, invenção de coisas, dificuldade de concentração, incapacidade de fazer cálculos simples, incapacidade de reconhecer coisas comuns ou perda de memória recente;
  • No comportamento: agitação, agressão, inquietação, irritabilidade, mudanças de personalidade, repetição sem sentido das próprias palavras, dificuldade para exercer funções do dia a dia, falta de moderação ou vagar sem rumo e se perder;
  • No humor: apatia, descontentamento geral, mudanças de humor, raiva ou solidão;
  • Sintomas psicológicos: alucinação, depressão ou paranoia;
  • Nos músculos: contrações musculares rítmicas ou incapacidade de coordenar movimentos musculares.

O diagnóstico dessa doença é o que mais cresce no mundo. Um estudo conduzido pela Universidade Johns Hopkins aponta que, até 2050, mais de 100 milhões de pessoas terão Alzheimer no mundo todo. Ainda não se sabe ao certo o motivo desse crescimento.

Portanto, se estiver sentindo algum dos sintomas citados em uma das três doenças, procure um médico e não deixe de fazer exames de rotina. Lembre-se: quanto mais cedo diagnosticar, maior será a qualidade de vida.

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